Inspirado nas pessoas, na produção e na procedência de Chablis, cidadezinha a 180 quilômetros de Paris, onde o pai deles, Chris Watson, mora e investe em vinho há mais de três décadas, a bebida de Emma e Alex trouxe algo único para o boom do mercado de gim. O sabor traz algo distinto, complexo, luxuoso e até uma inspiração vinda do processo de vinificação.
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“Nada disso teria sido possível sem meu pai”, diz Alex, enquanto degusta um coquetel highball, que tradicionalmente leva uísque com soda, mas que nessa versão entra o gim, no ilustre Hotel de Crillon, em Paris, onde a marca, recém-chegada ao mercado, já garantiu um lugar de destaque. “A paixão do meu pai sempre foi compartilhar o vinho com os amigos e familiares, desde quando comprou a primeira vinha, em 1992. Estamos seguindo a mesma paixão, mas de uma maneira diferente”, afirma Alex.
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Nascidos nos arredores de Paris, Alex e Emma fizeram inúmeras viagens à região de Domaine durante a juventude – não apenas a passeio com a família, mas para aprender a trabalhar nos vinhedos. “Tenho que ser honesto. Provavelmente, foi mais trabalhoso para a equipe do que para a gente”, admite Alex. Sem pretensão de se tornar um enólogo, Alex direcionou suas habilidades para o mundo do marketing e trabalhou, inclusive, como gerente da Diageo, fabricante de bebidas com sede em Londres.
“Aprendi muito rápido na Diageo e isso me fez perceber que havia uma oportunidade de fazer algo realmente diferente”, diz ele. “Emma e eu somos tão apaixonados pela região de Chablis, pelas tradições, pelas características únicas da terra, e eu sabia que este subproduto (cascas de uva não utilizadas) seria perfeito para capturar a essência do terroir de uma forma inesperada”, diz Alex. “Mas demorou um tempo para convencer meu pai”.
A genialidade também fica evidente na bebida. O solo da região de Chablis, chamado de kimmeridgian, e o calcário, que são ricos em fósseis marinhos antigos, trazem uma mineralidade única aos vinhos (destacando-os de outros chardonnays), e os Watsons fizeram de tudo para garantir que isso fosse capturado no seu gim. Destilada em pequenos lotes para garantir a qualidade, a bebida espirituosa passa por extração das uvas em pedra kimmeridgian, antes de ser destilada com vegetais como flores de tília, bagas de cubeba e mel de acácia.
O resultado? Um banquete de mineralidade ao estilo Chablis, repleto de frutas cítricas frescas, uva branca, ervas de jardim, flores e zimbro. Um produto que qualquer Watson amante de Chablis ficaria orgulhoso. “Para mim, o gim é um projeto familiar. A região de Chablis não apenas traz memórias queridas da infância, como também me deu a oportunidade de criar algo com meu irmão Alex”, diz Emma.
Embora tivesse sido fácil para Emma garantir as vendas com o apelo de sua fama, podendo ser o rosto da marca, ela preferiu ficar longe dos holofotes para o lançamento da bebida. Alex é acionista nos negócios e supervisiona a direção criativa da empresa, trazendo conceitos de vanguarda, fugindo de ser apenas a ”sombra” da irmã. “Emma é simplesmente a melhor. Ela tinha muita fé em mim e nessa ideia – e olha que não foi um projeto simples para colocar em pé”, afirma Alex.
“É definitivamente um gim de luxo”, diz Alex, “e não há muitas pessoas produzindo nesse porte. Você pode contar nos dedos de uma mão quantos concorrentes temos, contudo, ainda acho que o nosso é melhor”. Tudo indica que o legado dos irmãos Watson não será apenas o gim das celebridades, mas sim uma trajetória familiar verdadeiramente deliciosa.
* Lela Londres é colaborada da Forbes EUA, roteirista e especialista em conteúdos sobre alimentos e bebidas (tradução: Flávia Macedo)
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