Acompanhamos Giovanna Ewbank nas telas dos nossos celulares, computadores ou televisores, no Instagram, YouTube e em redes sociais, mas em uma ficção já estávamos com saudade. E não é por menos: o último trabalho da atriz havia sido na novela “Babilônia“, que foi ao ar em 2015.
Agora, Giovanna volta para a atuação na série brasileira “A Magia de Aruna”, que estreia hoje, 29, Disney+. “Nem eu não sabia que eu estava com tanta saudade e que eu gostava tanto de atuar“, brincou em entrevista exclusiva à Glamour. A decisão de voltar para um ficção partiu de um convite para ela interpretar Juno, uma das bruxas de um trio (composto também por Cleo Pires e Erika Januza) que precisam salvar o mundo de um estado sombrio.
“Quando eu contei para as crianças, elas falaram: ‘mamãe, mas você vai ser do mal’? E aí eu expliquei que não, que as bruxas eram mulheres a frente do seu tempo, mulheres fortes que enfrentavam uma sociedade”, disse Giovanna. Ela ainda garantiu que o fato de seus filhos, Titi, Bless e Zyan, poderem assistir a trama também impactou em sua decisão. “Imaginei os meus filhos me assistindo, e isso me pegou de outra maneira. Não pensei duas vezes em aceitar, e que bom porque foi muito gostoso e acendeu algo dentro de mim novamente“, revelou.
Em “A Magia de Aruna”, o mundo atravessa uma crise solar e nele a jovem Mima (Jamilly Mariano) faz de tudo para esconder seu estranho poder de hiper empatia enquanto a magia parece algo cada vez mais distante. Até que, ao participar de uma competição, ela perde o controle do seu dom e revela um feitiço realizado há 300 anos – acordando as três Bruxas Guardiãs. “A série tem uma diversidade absurda. A gente fala da questão climática, a gente fala sobre bullying, a gente fala sobre questões sociais. As crianças e adolescentes vão ter um bom exemplo assistindo a gente. Isso foi o que me chamou muita atenção e que me fez pensar: ‘cara, eu preciso fazer parte disso e preciso que os meus filhos assistam isso‘”, disse.
Confira abaixo a entrevista com Giovanna Ewbank na íntegra:
Como foi esse processo de voltar a atuar?
Foi muito gostoso. Nem eu não sabia que eu estava com tanta saudade e que eu gostava tanto de atuar. Foram 8 anos em que eu não pensava em voltar. Foram aparecendo muitas oportunidades, muitas coisas, eu fui indo e quando eu percebi já tinham se passado 8 anos.
E o que veio primeiro: a vontade de voltar para a atuação ou o convite para “A Magia de Aruna”? Quando eu recebi o convite foi muito especial por ser a Disney e porque acho que todas nós já pensamos em um dia ser uma princesa da Disney. E ser uma bruxa foi além das minhas expectativas! A série as bruxas da maneira correta. Inclusive, quando eu contei para as crianças, elas falaram: ‘mamãe, mas você vai ser do mal’? E aí eu expliquei que não, que as bruxas eram mulheres a frente do seu tempo, mulheres fortes que enfrentavam uma sociedade. Então, eu achei muito interessante a gente poder passar para essa geração o que eram as bruxas, que eram mulheres fortes e perseguidas – e que até hoje mulheres são perseguidas. Acho importante ter uma nova geração com esse olhar, e eu acredito que as crianças e os adolescentes são o futuro do nosso planeta e da nossa sociedade, eles são a nossa grande esperança. E, claro, não vou mentir que o fato de eu ser mãe de três filhos também pesou muito nessa decisão. Os meus filhos assistem muito Disney e eu imaginei os meus filhos me assistindo, e isso me pegou de outra maneira. Não pensei duas vezes em aceitar, e que bom porque foi muito gostoso e acendeu algo dentro de mim novamente.
Como foi contracenar com a Cleo e a Erika Januza?
Foi maravilhoso! É muito interessante que, se você assistir a série, você vai ver que as nossas personagens têm muito da gente, né? E a gente se conectou demais durante a preparação porque ficamos durante muito tempo nos preparando para essas personagens. E aí nas gravações foi muito gostoso. A gente ria o tempo todo – até tínhamos que pausar a gravação porque estávamos gargalhando (risos). É muito bom quando o ambiente é gostoso, generoso e de troca. E acho que poucas vezes eu tive um ambiente como foi esse da série, sabe? Acho que por isso, de repente, também me acendeu mais essa vontade.
Em um dos vídeos de divulgação da série, você descreveu a sua personagem como maternal e atrapalhada. Tem um pouco de Giovanna nela?
Tem, tem bastante. A minha personagem é o alívio cômico das bruxas. Ela é muito atrapalhada, avoada, sensível e muito amorosa. Acho que eu levei um pouco de mim para ela e eu acabei trazendo também um pouco dela para mim. Eu vivo sempre nessa correria, de crianças, logísticas, escola, trabalho, e eu sou virginiana, então estou sempre fazendo meus planejamentos. E daí, com essa personagem, eu tive que desligar um pouco de tudo. Ela é do elemento água, então imaginei a Juno dessa maneira, leve, fluida, sem peso… No final das gravações, eu vinha para a minha casa tão leve, tão tranquila. Foi muito gostoso!
Você falou um pouco sobre explicar o que eram, de fato, as bruxas. E a série traz muito sobre o empoderamento feminino também. Esse é um assunto que você já tem dentro de casa com a Titi? Com certeza. Não só tenho papos, como a gente vê no dia a dia. Acho que essa nova geração tem bons exemplos o tempo todo, dentro de casa também, de mulheres empoderadas, donas de si, donas da sua trajetória. Então, sim, eu tenho conversas com ela, e com os meninos também. Quer dizer, com o Zyan ainda não, mas com o Bless sim. E acho que eles aprendem muito no dia a dia mesmo, vendo a minha relação com o Bruno, vendo a mamãe que trabalha para caramba, e que é dona de si. Acho que esse é o maior exemplo.
Que mensagem você espera que “A Magia de Aruna” passe para o público?
A série tem uma diversidade absurda. A gente fala da questão climática, a gente fala sobre bullying, a gente fala sobre questões sociais. Então, essa série está espetacular para a nova geração. Para que eles possam ver esses símbolos, entender e de uma maneira divertida. As crianças e adolescentes vão ter um bom exemplo assistindo a gente. Isso foi o que me chamou muita atenção e que me fez pensar: ‘cara, eu preciso fazer parte disso e preciso que os meus filhos assistam isso’. E eu já pensava em fazer algo para criança, mas não atuando… Eu pensava em fazer algum programa infantil por conta dos meus filhos, porque tem coisas que eles não podem assistir. E é muito legal quando eles podem assistir o nosso trabalho. Foi uma oportunidade também de poder levar mensagens e temas importantes pra essa geração.
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